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Iceberg e outros OTFs: BD no Data Lake

  • Foto do escritor: florentinarias
    florentinarias
  • 10 de jul.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 11 de jul.

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Neste artigo, vamos apresentar o conceito de Open Table Format, entender seu funcionamento e descobrir por que ele representa um salto evolutivo em relação ao uso direto de arquivos.


No cenário atual de transformação digital, o volume, a variedade e a velocidade dos dados crescem exponencialmente. Gerenciar esses dados com eficiência tornou-se um diferencial para as organizações. Tradicionalmente, muitos times utilizam arquivos brutos (CSV, Parquet, AVRO, ORC, JSON etc.) para armazenar e compartilhar informações. Porém, esse modelo apresenta limitações significativas em governança, performance e confiabilidade.


O Que é Open Table Format?


Open Table Format é uma abordagem moderna para gerenciamento de dados organizados em formato de tabelas. Exemplos populares incluem Apache Iceberg, Delta Lake e Apache Hudi. Esses formatos padronizados definem regras claras de organização, manipulação e acesso a dados, permitindo interoperabilidade entre diferentes ferramentas e plataformas. O principal objetivo é trazer para o universo dos data lakes recursos tradicionalmente encontrados em bancos de dados transacionais, mas mantendo a flexibilidade e o baixo custo do armazenamento em arquivos.


Funcionamento Básico


Diferente da simples manipulação de arquivos avulsos, o Open Table Format utiliza uma camada adicional de metadados para organizar as informações. Ele mantém um catálogo que rastreia cada arquivo, suas versões, operações realizadas e o estado atual da tabela. Isso possibilita:


  • Versionamento de dados (você pode retornar a estados anteriores da tabela).

  • Transações atômicas (operações de escrita/leitura sempre consistentes).

  • Gerenciamento de esquemas (adicionar, remover ou alterar colunas de forma controlada).


Comparativo

  • Arquivos tradicionais: cada leitura ou atualização depende de scripts manuais, propensos a erros e inconsistências.

  • Open Table Format: toda ação passa por um controle central, garantindo integridade, performance e rastreabilidade.


Principais Vantagens em Relação ao Uso Direto de Arquivos


Governança e Controle

  • Linhagem de dados: saiba quem alterou o quê e quando.

  • Permissões mais granulares e auditoria reforçada.


Performance e Eficiência

  • Indexação automática, particionamento e otimização de consultas.

  • Redução do tempo de leitura/análise, mesmo em grandes volumes.


Consistência e Confiabilidade

  • Transações ACID garantem que operações sejam realizadas por completo, evitando dados corrompidos ou leituras parcialmente atualizadas.


Integração e Interoperabilidade

  • Compatibilidade com múltiplas engines de processamento (Spark, Trino, Presto, etc.).

  • Facilidade para conectar BI, Machine Learning e ETL ao mesmo conjunto de dados.


Escalabilidade Operacional

  • Gerenciamento eficiente de tabelas com bilhões de registros e petabytes.

  • Automatização de tarefas de limpeza, compactação e versionamento.


Considerações para Adoção


  • Avalie a maturidade técnica da equipe: é importante entender conceitos como versionamento, transações e catálogos de metadados.

  • Planeje a integração com sistemas legados: a migração pode exigir adaptação de pipelines e processos existentes.

  • Considere custos iniciais de implementação, mas projete os ganhos operacionais e de performance a médio prazo.

  • Utilize melhores práticas: automatize backups, monitore o uso dos metadados e mantenha o ambiente atualizado.


Perguntas frequentes


Como os open table formats se comparam aos sistemas de banco de dados tradicionais?


Diferentemente dos bancos de dados tradicionais, que podem utilizar formatos proprietários e ter interoperabilidade limitada, os open table formats oferecem maior flexibilidade, escalabilidade e compatibilidade entre diferentes plataformas e tecnologias de dados. Foram desenhados para lidar de forma eficiente com cargas de trabalho de processamento e analytics em grande escala.


Os open table formats podem ser utilizados tanto em ambientes on-premises quanto em cloud?


Sim, formatos como Hudi, Iceberg e Delta Lake são projetados para operar de maneira transparente em diferentes ambientes, incluindo datacenters locais (on-premises), plataformas em nuvem (como AWS, Azure, Google Cloud) e implantações híbridas. Eles oferecem flexibilidade de armazenamento e processamento, independentemente da infraestrutura subjacente.


Como é feita a integração desses formatos com ferramentas de BI, Machine Learning e ETL?


Open Table Formats integram-se facilmente com ferramentas de BI, Machine Learning e ETL por meio de compatibilidade nativa com engines como Spark, Trino e Presto. Isso possibilita consultas, transformações e análises diretamente sobre os dados, mantendo versionamento e consistência. Ferramentas de BI acessam esses dados via conexões SQL intermediárias, enquanto pipelines de ETL e workflows de ML trabalham com dados limpos e rastreáveis, promovendo integração ágil, governança e automação em ambientes analíticos modernos.


Existem limitações ou desafios associados ao uso de open table formats?


Apesar das vantagens, podem surgir desafios como curva de aprendizado, complexidade de migração e necessidade de manutenção contínua. É importante avaliar esses fatores e elaborar uma estratégia clara para adoção e gestão eficaz dos open table formats.


Conclusão


O Open Table Format representa uma evolução natural para quem deseja extrair mais valor dos dados, com mais segurança, eficiência e escalabilidade. Ao adotar esse padrão, gestores técnicos ganham visibilidade, controle e agilidade para apoiar decisões estratégicas e inovar em analytics.

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